quinta-feira, 29 de março de 2012
Twitter na cobertura da 1º Feira do Polo Naval
Texto de Vinicius Guerreiro analisado por mim
O clássico que me marcou: O Bra-Pel dos 9
Há vinte dias do clássico Bra-Pel o Jornal do Guerreiro está produzindo matérias especiais. Conversamos com pessoas identificadas com os dois clubes para saber qual duelo foi o mais marcante para eles. Certamente você torcedor também irá lembrar-se destes jogos.
Dia 19 de fevereiro de 2004, estádio da Boca Lobo, Pelotas e Brasil entraram em campo para decidir o título do Citadino. Este foi o Bra-Pel que marcou o médico André Guerreiro, na época que acumulou a função de vice-diretor de futebol do Brasil e médico do clube.
- Por toda a dificuldade que foi jogar com dois a menos e também por eu ser o vice de futebol no momento. Era nossa primeira competição, conseguimos uma vitória e o título histórico como foi. Isso marca muito – destacou André Guerreiro.
Sendo médico do clube, André, esteve no banco do rubro-negro durante o jogo. Foi do reservado Xavante que ele viu a bola rolar para o clássico. Deste ângulo viu o atacante Claudio Millar fazer falta por trás e receber o cartão vermelho de Leonardo Gaciba. A expulsão deixou uma insegurança no time.
- De primeira achei que ficaria muito difícil, pois havíamos perdido nossas esperanças de gol porque o Millar estava muito bem e sempre era nossa esperança – contou Guerreiro.
A esperança havia diminuído com a expulsão do goleador Xavante. Para piorar a situação para o Brasil, Neuri acertou uma cotovelada no adversário e também foi para o chuveiro mais cedo. Estava tudo nas mãos do Pelotas.
- Nesse momento eu só pensava e pedia que a derrota não fosse por muito porque realmente era o que estava se desenhando. Com dois a menos na casa do adversário seria muito difícil de segurar – revelou o médico Xavante.
O que parecia impossível aconteceu. O Brasil chegou ao gol na bola área. Careca aproveitou o rebote e fez a torcida ir ao delírio na arquibancada. Dentro do campo Guerreiro comemorava, mas sabia que ainda teria muito jogo pela frente.
- Foi uma mescla de felicidade com um sentimento de tensão porque com a desvantagem a qualquer momento eles poderiam reverter – destacou André.
E reverteriam. O gol de empate veio no primeiro tempo, Serjão virou na entrada da área e chutou firme para empatar. A bola na rede empolgou o time do Pelotas que pressionava o Brasil. A pressão áureo-cerúlea continuou no segundo tempo e o que parecia provável aconteceu. O Lobo chegou a virada com Giovani.
- Infelizmente o esperado aconteceu. Eu me abalei muito no reservado, mas notei nos jogadores que estavam em campo uma vontade louca de reverter – contou o médico – que viu a vontade de reverter dar resultado e virar gol. O Brasil chegava ao empate em mais uma bola área. Desta vez Joel quem botou para o fundo da rede.
Logo em seguida do gol André entrou no campo para atender um jogador do Brasil que estava caído. Foi aí que o médico sentiu que o Xavante poderia conseguir a vitória.
- Quando empatamos fiquei louco no reservado e em seguida entrei para atender um atleta nosso e vi dois jogadores do Pelotas batendo boca dizendo “toca a bola deixa de ser cagão, mas não vamos nos complicar, vamos segurar” querendo dizer para segurar até a prorrogação. Com isso notei que eles estavam abalados com nossa pegada e disposição.
O texto do camarada Vinicius Guerreiro é show de bola, tem estilo e tudo o mais. Talvez pudesse ser menos “televisivo”. E tem alguns clichezinhos, mas que servem de filé com fritas.
Entrevista com Ivan Pinheiro Machado, editor da L&PM
terça-feira, 13 de março de 2012
Sotaque fervendo
Tchê, que calor. Isso é o que nós, pelotenses, estamos acostumados a ouvir nessa época do ano que vai de fevereiro a março (também tem um pouco lá em maio, mas beleza). Porém, ultimamente temos ouvido coisas como “caraca maluco, meu deux, que calor”, ou “ooorra, mano, que verão é esse?”, ou ainda simplesmente “mizéra”, que serve basicamente pra reclamar de tudo na Paraíba. O fato é: Pelotas é conhecida por ser muito, muito úmida e, por ser no sul do Rio Grande do Sul, nego acha que aqui faz frio o ano todo. Sei lá, vai ver é porque a gente fica mais perto da Patagônia, do Pólo Sul. Portanto, ao chegar aqui, os gringos se surpreendem com esse aperitivo de inferno.
Em conversas anteriores, amigos que não consegui contatar agora para uma entrevista disseram-me que nem ao menos trouxeram roupas de verão. Pensaram que era temperatura baixíssima pra sempre e se surpreenderam com os
Sobre isso trataremos.
Paulista ao chegar na rodoviária de Pelotas na tarde de ontem
Embora o verão nos traga coisas extremamente legais, como sorvete, praia (?), férias e pessoas com pouca roupa (??), o lance do calor não é lá a coisa mais legal da estação. Pelo menos dela aqui, que não é bem calor, é mais mormaço. Lá no Rio, onde os poetas ficam na praia tomando cerveja e escrevendo sobre as mulheres bonitas que passam de saia godê e os ex-jogadores de futebol jogam futevôlei, o calor é legal. Tem um ventinho. Aqui é só bafo. E os alunos que vêm estudar aqui não esperavam por isso. É o que comenta Marcelo Ribas Vesanterä, estudante do 5º semestre do curso de Cinema e Animação da UFPel. “Ninguém que vem de fora, imagino eu, apostaria que uma cidade que faz 1 grau no inverno com sensação térmica negativa pudesse fazer tanto calor no verão”. Natural de São Paulo, Marcelo diz que Pelotas às vezes é mais quente que seu estado. “Às vezes acho que nem no litoral norte de São Paulo faz tanto calor assim. E eu odeio essa falta de meio termo. Ou é muito frio ou muito quente, nunca tem um dia fresco”, aproveita para cutucar os pelotenses. Risos.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Votação do Novo Código Florestal é adiada para próxima semana
Em meio a protestos e divergências de opiniões em relação a partes do seu texto, o novo Código Florestal, que tramita há 10 anos no congresso, teve a sua votação adiada na última terça-feira (6).
No blábláblá, tudo está marcado para se resolver na próxima terça-feira (13), mas, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), a votação poderá novamente ter sua data alterada por conta de divergências políticas entre os partidos da base aliada e o Palácio do Planalto. Segundo Maia, há um “clima ruim” entre os aliados. O PMDB, teoricamente maior parceiro do governo, pede mais poder nas decisões, incluindo nas relacionadas ao novo Código Florestal.
Manifestantes, que nada têm a ver com as picuinhas do mundo da política, estiveram na quarta-feira (7) no Congresso Nacional para protestar contra as mudanças presentes no texto do novo Código Florestal. Participaram do protesto cerca de 250 organizações ambientalistas, de pescadores e de camponeses. Kenzo Jucá, analista da ONG WWF, o projeto é prejudicial às florestas. "É um projeto que faz o Brasil perder a sua principal vantagem comparativa no mundo, que é a sua biodiversidade, e a possibilidade de aliar desenvolvimento com preservação e conservação", disse. Os manifestantes utilizaram a mensagem “Veta Dilma” – que virou hashtag – como um pedido para que a presidente vete o código, caso este passe pelo congresso. Veja abaixo uma matéria produzida pelo Floresta Faz a Diferença sobre o protesto: