terça-feira, 29 de maio de 2012

Eleições para a Reitoria da UFPel viram conversa de bar


Um dos conceitos primordiais da assessoria de imprensa é a dosagem de informação. Os livros dizem que o assessor deve informar ao público sobre seu cliente, mas não atropelá-lo com cinco releases por segundo sobre aquele evento de confraternização interna. Parece que, pelo menos na visão dos alunos, a campanha eleitoral para a reitoria da UFPel virou isto: Muita informação e pouca informação caminhando juntas.

São seis chapas concorrendo, sendo cinco representando a oposição – 2, 3, 4, 5 e 6 – e uma a situação – 1 -. Devido ao grande número, seria normal muita gente falando ao mesmo tempo defendendo o seu ponto. Tipo aquela reunião em um bar com amigos donos de opiniões diferentes. Seria, caso os pontos fossem realmente defendidos. O que se tem visto é um verdadeiro ringue onde o ataque é a melhor defesa. “Ficam se atacando, como se não fossem conviver juntos depois das eleições”, comenta Laísa Camerini da Rosa, estudante de Biotecnologia.

Claro, todas as chapas têm pelo menos alguma boa proposta em suas plataformas, mas, ao longo da campanha, até aquelas que, segundo os alunos, tinham as melhores idéias perderam votos por se preocuparem mais em diminuir as concorrentes do que em fortalecer-se. É o que comenta Vinícius Tavares, também da Biotecnologia: “Eu não julgo chapas pelo que os seguidores dela dizem, já vi muito apoiador falando besteira aí e sei que não é a opinião da chapa que ele representa. Mas duas chapas perderam o meu voto por já demonstrarem que possuem a mesma opinião e utilizam dos mesmos argumentos idiotas que eu antes julgava ser apenas dos seus apoiadores”.

As eleições acontecem amanhã e quinta. A boca de urna será personagem certa. Beleza, não há como impedir. Resta saber se as chapas irão aproveitar este último espaço para defesa de suas idéias ou ataque às adversárias.

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