terça-feira, 8 de maio de 2012

Sobre o Lollapalooza - 2º dia


1ª Parte

Antes


Um mês depois do Lollapalooza eu venci a preguiça e vim relatar pra vocês como foi o segundo dia do evento. Lembram como terminou o primeiro? Blábláblá 4 bilhões de pessoas voltando de metrô, cheguei no hotel, tomei água da torneira, tomei banho e fui dormir. Beleza. ZzZzZZZzzz.

Eu sou muito ruim com ditados e sempre confundo, mas há males que vêm para o bem e resolvi que todos os problemas do primeiro dia virariam ensinamentos para o segundo. Mas isso é láá no fim, vamos começar pelo começo. Acordei ainda cansado do sábado e (pausa pra lembrar o que aconteceu agora, não lembro direito). Ah ta. Mandei mensagens pra Patrícia combinando como eu iria me encontrar com a galere e me organizei sozinho. Combinei comigo mesmo que sairia do hotel meio dia pra comprar coisas como água DE COPINHO, NÃO DE GARRAFA (1º ensinamento), comida, essas coisas. Só esqueci de um pequeno detalhe: Era domingo. Se fosse em Pelotas, provavelmente eu estaria perdido, passaria sede e fome o dia inteiro e talvez meus pais nunca mais me vissem vivo. Mas estava em São Paulo, a cidade que nunca dorme e nem tira soneca depois do almoço, e tinha um supermercadinho aberto. Lá foi engraçado e teve altas confusões, mas tem muita coisa pra contar ainda e a Raquel falou que eu tenho que escrever isso até às 20:20, então prossigamos.

Mesmo esquema do dia anterior de esperar os bróder na estação da Consolação pra trocar pra Paulista e irmos seguindo o fluxo em direção ao Jockey Club. Aí a gente se separou. A Patrícia e o Otávio viraram o The Flash e correram na frente de todo mundo, eu e a Bia caminhamos como pessoas normais e o André ficou pra trás porque ainda tinha que comprar água. O André, btw, não lembro de ter visto antes do fim dos shows. Eu e a Bia entramos e fomos direto pro Cidade Jardim encontrar a Patrícia e o Otávio que, a essa altura do campeonato, já tavam sentadinhos na frente do palco para esperar o Arctic Monkeys. "Quero minha cama logo mas tenho o show da minha vida pra ver", disse a ela. A gente não queria fazer isso e fomos andando pelo mundo a fora. Aí eu me perdi da Bia.


Eu sozinho e o melhor show do festival


Sozinho no meio da rua contemplando a lua, eu decidi que beleza, ia curtir forever alone mesmo o segundo dia. Fui na loja e comprei uma camiseta e lembrei que a Bia tinha dito que o Gogol Bordello era sensacional, então resolvi dar um confere. Foi apenas o melhor show de todo o festival. Eu não conhecia nenhuma das músicas e fiquei pilhado mesmo assim. Os caras são muito bons, muito enérgicos e a platéia tava muito animada. Teve até uma roda (literalmente) perto de mim e uma roda (punk) atrás. Sério, gente bonita, ouçam Gogol Bordello. É bom demais.

Infelizmente uma hora terminou o show  e eu mandei mensagem pra Bia dizendo algo assim “CARA ONDE TU TÁ O SHOW DO GOGOL FOI MUITO BOM, TU DISSE QUE IA VER CADÊ TU MULEKE”. Aí ela me respondeu que eu era babaca e que ela tinha visto o show, mas já tava curtindo o palco do Perry. Fui pra lá. Não encontrei ela. Tava tocando uma/um banda/DJ de música eletrônica e tava bem legal, mas eu queria mesmo era correr mundo, correr perigo e fui pra rua.

Friendly Fires

Vocalista do Friendly Fires: Uma mistura de Jammie Cullum com Latino.

Tinha uma hora de ócio até começar o show do Friendly Fires, que eu tinha ouvido umas três músicas no Youtube e achado bom, mas se eles tocassem eu nem ia reconhecer. Sentei no chão e fui comer. As pessoas ficaram me olhando meio estranho, mas nada que os paulistanos não fizessem normalmente no seu dia-a-dia. Meia-hora depois começou o show. O vocalista entrou fazendo umas danças estranhas, mas as mulheres gostaram. Atrás de mim gritaram “que bundinha gostosa”. Fiquei com medo que achassem que eu tivesse dito isso. Curti bastante a performance da banda, os músicos trocaram de instrumentos entre eles e eu acho isso bem bacana. O problema, como em boa parte do festival, foi o som. Em vários momentos o microfone deu bigode e o não dava pra ouvir nada. Na verdade, não sei se foi problema no som ou panaquice do vocalista, porque, do jeito que ele tava dançando freneticamente, a qualquer hora ele podia se enredar nos fios e se matar.


Eu triste. Eu sozinho. Eu tomando Coca. Manchester Orchestra.
Eu vendo quem iria comigo no show do Manchester Orchestra
Depois disso passei pro momento mais forever alone de todo o festival. Teoricamente eu não tinha nada pra fazer durante uma hora e resolvi comprar uma coca e assistir, sentado bem de longe, o show do Manchester Orchestra. Eu tava meio sujo por causa da comida. Até eu mesmo fiquei com pena de mim naquele momento. Snif snif. Mas o Manchester Orchestra representou, gostei bastante da progressão da música deles.

MGMT


Após esse momento infinito triste, fui pro show do MGMT com a seguinte estratégia: Ia assistir ao show até o primeiro hit. No primeiro acorde do primeiro sucesso eu ia sair correndo – realmente correndo – pro Cidade Jardim pra pegar um lugar massa pro show do Arctic. Por isso, tudo o que eu tenho pra falar sobre o show do MGMT é: Tinha uma mina querendo me beijar só pra ficar em um lugar bom. A banda me pareceu meio paradona. Mas não vi o suficiente, quando tocou Kids eu parti em disparada pro Cidade Jardim, MAS...

 Foster the People

Foster the People: A banda moderninha
É óbvio que o Lollapalooza inteiro teve a mesma idéia que eu. Aí eu corri mesmo. Corri como se não houvesse amanhã. Corri como se tivesse um milhão de reais em barras de ouro na minha frente. Corri e peguei um lugar legal, mas com um bando de gente idiota do lado (o resumo de todos os shows poderia ser esse). Quando começou o show do Foster the People, um desses caras decidiu que a banda era muito ruim e que dormiria até o AM. E simplesmente deitou. Aí não deu outra: Morreu pisoteado. Não, brincadeira, gente, ele foi pisoteado, mas passa bem. Eu acho. Enfim, vamos ao que interessa: O show do Foster foi BEM legal. O público tava muito animado, o vocalista – que canta com voz fina e fala com voz grossa – interagiu bastante e foi um dos shows que o público mais gostou, pelo que eu ouvi por aí.


 TÁ, MAS ESTAMOS AQUI PARA FALAR DE ARCTIC MONKEYS. 

AGUARDE: Arctic Monkeys, meninas tristes e a festa pós-Lolla. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário