terça-feira, 29 de maio de 2012

Eleições para a Reitoria da UFPel viram conversa de bar


Um dos conceitos primordiais da assessoria de imprensa é a dosagem de informação. Os livros dizem que o assessor deve informar ao público sobre seu cliente, mas não atropelá-lo com cinco releases por segundo sobre aquele evento de confraternização interna. Parece que, pelo menos na visão dos alunos, a campanha eleitoral para a reitoria da UFPel virou isto: Muita informação e pouca informação caminhando juntas.

São seis chapas concorrendo, sendo cinco representando a oposição – 2, 3, 4, 5 e 6 – e uma a situação – 1 -. Devido ao grande número, seria normal muita gente falando ao mesmo tempo defendendo o seu ponto. Tipo aquela reunião em um bar com amigos donos de opiniões diferentes. Seria, caso os pontos fossem realmente defendidos. O que se tem visto é um verdadeiro ringue onde o ataque é a melhor defesa. “Ficam se atacando, como se não fossem conviver juntos depois das eleições”, comenta Laísa Camerini da Rosa, estudante de Biotecnologia.

Claro, todas as chapas têm pelo menos alguma boa proposta em suas plataformas, mas, ao longo da campanha, até aquelas que, segundo os alunos, tinham as melhores idéias perderam votos por se preocuparem mais em diminuir as concorrentes do que em fortalecer-se. É o que comenta Vinícius Tavares, também da Biotecnologia: “Eu não julgo chapas pelo que os seguidores dela dizem, já vi muito apoiador falando besteira aí e sei que não é a opinião da chapa que ele representa. Mas duas chapas perderam o meu voto por já demonstrarem que possuem a mesma opinião e utilizam dos mesmos argumentos idiotas que eu antes julgava ser apenas dos seus apoiadores”.

As eleições acontecem amanhã e quinta. A boca de urna será personagem certa. Beleza, não há como impedir. Resta saber se as chapas irão aproveitar este último espaço para defesa de suas idéias ou ataque às adversárias.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

OK Computer e-books

A EMPRESA

A OK COMPUTER é uma empresa focada na produção de e-books em Pelotas e região. Tem como objetivo geral o desenvolvimento cultural no local, abrindo a porta de novos formatos de produção literária para novos e experientes escritores.



JUSTIFICATIVA

O mercado da edição de livros mudou muito nos últimos anos. Com as novas tecnologias, o próprio escritor tem a possibilidade de editar sua obra, dentro de casa e pagando muito pouco para isso. Porém, embora tenha trazido extrema praticidade, a nova era da edição trouxe também questões. O escritor, antes preocupado apenas em transmitir seus pensamentos em letras, agora acumula a função de editor. O tempo da criação se confunde com o da edição. Foi pensando nisto que a OK COMPUTER foi criada: Para que o autor possa desempenhar a sua atividade original confiando o resto à pessoas capacitadas e sensíveis à personalidade de cada caso.



DEFINIÇÃO DE METAS E OBJETIVOS

[] OBJETIVOS

- Dar espaço e tempo para que o escritor consiga produzir;

- Semear o mercado de e-books em Pelotas e região;

- Estimular a leitura em Pelotas e região;

- Estimular a produção literária em Pelotas e região;

- Democratizar a produção literária em Pelotas e região;

- Formar parcerias com coletivos vinculados ao circuito Fora do Eixo, levando as obras em versões impressas para todo o país.



[] METAS

- Estabilizar-se como a principal produtora de e-books de Pelotas e região;

- Criar vínculo direto com a produção literária da região e virar referência dessa.



PÚBLICO-ALVO

O público-alvo da OK COMPUTER é o escritor da região sul do Rio Grande do Sul. Aquele autor que tem a obra em mente, mas não sabe como colocá-la em prática, bem como divulgá-la. Sabe-se que Pelotas e região têm muito a oferecer em termos de literatura, faltando apenas o estímulo, a iniciativa e as estratégias certas.


DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING

[] Sabe-se que Pelotas é uma cidade conservadora em termos culturais. Sabe-se que o e-book ainda não é realidade na região. A primeira estratégia é educar a zona sul para a leitura do formato, mostrando a sua praticidade e facilidade de acesso. Após, pretende-se educar o escritor pelotense para a produção do formato, mostrando mais profundamente os pontos acima descritos. Depois de familiarizados, os escritores serão incentivados a produzirem em regime de teste gratuito.

[] Com a empresa já consolidada será firmada parceria com os coletivos da região que trabalham juntamente com o circuito Fora do Eixo, que possui o projeto "Banquinha FdE", uma espécie de feira que vende produtos de artistas do país inteiro em eventos do país inteiro.

[] Será criado um site com o catálogo dos e-books produzidos pela OK COMPUTER. Nele serão disponibilizados o primeiro capítulo de cada livro, além de breve biografia do autor e link para a compra de exemplares.



ANÁLISE DE AMBIENTE

[] FATORES ECONÔMICOS

O e-book tem a sua produção imensamente mais barata do que o livro impresso. Assim sendo, editora, autor e público saem ganhando. Pagando menos e tendo mais acesso à produção cultural da região.


[] FATORES SÓCIO-CULTURAIS

A população pelotense é conhecidamente conservadora, porém é também curiosa culturalmente. Após conhecer mais sobre o mercado de e-books, o pelotense certamente terá afinidade com o formato e irá aderir a ele, tanto o pelotense leitor como o escritor.


[] CONCORRÊNCIA

Por ser um formato relativamente novo, não há em Pelotas uma empresa que baseie suas atividades no e-book. A produção do formato é feita geralmente pelo próprio autor de forma totalmente independente. Tendo em vista esses fatores, não há uma concorrência heterogênea na cidade.



DEFINIÇÃO DO POSICIONAMENTO DE MERCADO

A OK COMPUTER focará na produção de e-books na região sul do Rio Grande do Sul, visando o desenvolvimento cultural desta. Entretanto, poderá também receber propostas de trabalho em formato impresso, bem como em outras localidades.



terça-feira, 8 de maio de 2012

Sobre o Lollapalooza - 2º dia


1ª Parte

Antes


Um mês depois do Lollapalooza eu venci a preguiça e vim relatar pra vocês como foi o segundo dia do evento. Lembram como terminou o primeiro? Blábláblá 4 bilhões de pessoas voltando de metrô, cheguei no hotel, tomei água da torneira, tomei banho e fui dormir. Beleza. ZzZzZZZzzz.

Eu sou muito ruim com ditados e sempre confundo, mas há males que vêm para o bem e resolvi que todos os problemas do primeiro dia virariam ensinamentos para o segundo. Mas isso é láá no fim, vamos começar pelo começo. Acordei ainda cansado do sábado e (pausa pra lembrar o que aconteceu agora, não lembro direito). Ah ta. Mandei mensagens pra Patrícia combinando como eu iria me encontrar com a galere e me organizei sozinho. Combinei comigo mesmo que sairia do hotel meio dia pra comprar coisas como água DE COPINHO, NÃO DE GARRAFA (1º ensinamento), comida, essas coisas. Só esqueci de um pequeno detalhe: Era domingo. Se fosse em Pelotas, provavelmente eu estaria perdido, passaria sede e fome o dia inteiro e talvez meus pais nunca mais me vissem vivo. Mas estava em São Paulo, a cidade que nunca dorme e nem tira soneca depois do almoço, e tinha um supermercadinho aberto. Lá foi engraçado e teve altas confusões, mas tem muita coisa pra contar ainda e a Raquel falou que eu tenho que escrever isso até às 20:20, então prossigamos.

Mesmo esquema do dia anterior de esperar os bróder na estação da Consolação pra trocar pra Paulista e irmos seguindo o fluxo em direção ao Jockey Club. Aí a gente se separou. A Patrícia e o Otávio viraram o The Flash e correram na frente de todo mundo, eu e a Bia caminhamos como pessoas normais e o André ficou pra trás porque ainda tinha que comprar água. O André, btw, não lembro de ter visto antes do fim dos shows. Eu e a Bia entramos e fomos direto pro Cidade Jardim encontrar a Patrícia e o Otávio que, a essa altura do campeonato, já tavam sentadinhos na frente do palco para esperar o Arctic Monkeys. "Quero minha cama logo mas tenho o show da minha vida pra ver", disse a ela. A gente não queria fazer isso e fomos andando pelo mundo a fora. Aí eu me perdi da Bia.


Eu sozinho e o melhor show do festival


Sozinho no meio da rua contemplando a lua, eu decidi que beleza, ia curtir forever alone mesmo o segundo dia. Fui na loja e comprei uma camiseta e lembrei que a Bia tinha dito que o Gogol Bordello era sensacional, então resolvi dar um confere. Foi apenas o melhor show de todo o festival. Eu não conhecia nenhuma das músicas e fiquei pilhado mesmo assim. Os caras são muito bons, muito enérgicos e a platéia tava muito animada. Teve até uma roda (literalmente) perto de mim e uma roda (punk) atrás. Sério, gente bonita, ouçam Gogol Bordello. É bom demais.

Infelizmente uma hora terminou o show  e eu mandei mensagem pra Bia dizendo algo assim “CARA ONDE TU TÁ O SHOW DO GOGOL FOI MUITO BOM, TU DISSE QUE IA VER CADÊ TU MULEKE”. Aí ela me respondeu que eu era babaca e que ela tinha visto o show, mas já tava curtindo o palco do Perry. Fui pra lá. Não encontrei ela. Tava tocando uma/um banda/DJ de música eletrônica e tava bem legal, mas eu queria mesmo era correr mundo, correr perigo e fui pra rua.

Friendly Fires

Vocalista do Friendly Fires: Uma mistura de Jammie Cullum com Latino.

Tinha uma hora de ócio até começar o show do Friendly Fires, que eu tinha ouvido umas três músicas no Youtube e achado bom, mas se eles tocassem eu nem ia reconhecer. Sentei no chão e fui comer. As pessoas ficaram me olhando meio estranho, mas nada que os paulistanos não fizessem normalmente no seu dia-a-dia. Meia-hora depois começou o show. O vocalista entrou fazendo umas danças estranhas, mas as mulheres gostaram. Atrás de mim gritaram “que bundinha gostosa”. Fiquei com medo que achassem que eu tivesse dito isso. Curti bastante a performance da banda, os músicos trocaram de instrumentos entre eles e eu acho isso bem bacana. O problema, como em boa parte do festival, foi o som. Em vários momentos o microfone deu bigode e o não dava pra ouvir nada. Na verdade, não sei se foi problema no som ou panaquice do vocalista, porque, do jeito que ele tava dançando freneticamente, a qualquer hora ele podia se enredar nos fios e se matar.


Eu triste. Eu sozinho. Eu tomando Coca. Manchester Orchestra.
Eu vendo quem iria comigo no show do Manchester Orchestra
Depois disso passei pro momento mais forever alone de todo o festival. Teoricamente eu não tinha nada pra fazer durante uma hora e resolvi comprar uma coca e assistir, sentado bem de longe, o show do Manchester Orchestra. Eu tava meio sujo por causa da comida. Até eu mesmo fiquei com pena de mim naquele momento. Snif snif. Mas o Manchester Orchestra representou, gostei bastante da progressão da música deles.

MGMT


Após esse momento infinito triste, fui pro show do MGMT com a seguinte estratégia: Ia assistir ao show até o primeiro hit. No primeiro acorde do primeiro sucesso eu ia sair correndo – realmente correndo – pro Cidade Jardim pra pegar um lugar massa pro show do Arctic. Por isso, tudo o que eu tenho pra falar sobre o show do MGMT é: Tinha uma mina querendo me beijar só pra ficar em um lugar bom. A banda me pareceu meio paradona. Mas não vi o suficiente, quando tocou Kids eu parti em disparada pro Cidade Jardim, MAS...

 Foster the People

Foster the People: A banda moderninha
É óbvio que o Lollapalooza inteiro teve a mesma idéia que eu. Aí eu corri mesmo. Corri como se não houvesse amanhã. Corri como se tivesse um milhão de reais em barras de ouro na minha frente. Corri e peguei um lugar legal, mas com um bando de gente idiota do lado (o resumo de todos os shows poderia ser esse). Quando começou o show do Foster the People, um desses caras decidiu que a banda era muito ruim e que dormiria até o AM. E simplesmente deitou. Aí não deu outra: Morreu pisoteado. Não, brincadeira, gente, ele foi pisoteado, mas passa bem. Eu acho. Enfim, vamos ao que interessa: O show do Foster foi BEM legal. O público tava muito animado, o vocalista – que canta com voz fina e fala com voz grossa – interagiu bastante e foi um dos shows que o público mais gostou, pelo que eu ouvi por aí.


 TÁ, MAS ESTAMOS AQUI PARA FALAR DE ARCTIC MONKEYS. 

AGUARDE: Arctic Monkeys, meninas tristes e a festa pós-Lolla. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Diploma de jornalista gera discussão entre a sociedade em geral e específica


 Ilustração: Weberson Santiago    
 Desde 2009, quando por 8 votos a 1 o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a obrigatoriedade do diploma de jornalista, o assunto  tem causado polêmica na sociedade. Específica, por parte de jornalistas contrários ou a favor da decisão e geral, por parte daqueles que exercem outras profissões, mas gostariam de, no caso de algum assunto que lhes diga respeito, opinar em algum jornal.  Gilmar Mendes, relator do recurso, hoje é considerado um dos maiores inimigos dos jornalistas no Brasil. Mas, em um país onde boa parte dos parlamentares é vinculada a grandes meios de comunicação, o buraco parece ser mais embaixo.

Sen. Eduardo Suplicy (PT-SP) Foto:Waldemir Barreto/Agência Senado
Para ser mais exato, o número de deputados concessionários de rádio ou TV passa de 80 congressistas. O que é proibido. Segundo o Artigo 54, deputados e senadores, a partir do momento em que tomam posse,  não podem “firmar ou manter contrato” ou “aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado” em empresa concessionária de serviço público. A primeira linha do artigo seguinte, 55, é categórica: "Perderá o mandato o deputado ou senador que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior".

O senador ACM Jr. (DEM-BA)
Curiosamente, em abril de 2009 os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Heloísa Helena (PSOL-AL) e Tião Viana (PT-AC) requereram a interpretação do Artigo 54. O requerimento foi aprovado pelo senado e gerou desconforto em alguns senadores, como o democrata ACM Júnior (DEM-BA). “Como você coloca um projeto desse em votação? Você disse na reunião de líderes que não colocaria nada polêmico´, cobrou ACM Júnior. Irritado, arrematou: `Ele contraria interesses meus, do Tasso [Jereissati], do [José] Sarney, do [José] Agripino e do Wellington Salgado, que é vice-presidente dessa comissão”, disse à época ao companheiro de partido Demóstenes Torres e presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Apesar da aprovação, o projeto parece não ter surtido efeito e até hoje deputados seguem atuando e obtendo concessões de rádio e TV. Como dito anteriormente, já passam de 80.

Ainda em 2009, após a decisão do STF pela não obrigatoriedade do diploma de jornalista, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB) criou uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que exige novamente o diploma para jornalistas. Após muita discussão política, a proposta fora aprovada em primeiro turno com 65 votos a favor e 7 contra. Dentre os votos contrários, Fernando Collor de Melo (PTB), Aloísio Nunes (PSDB), Demóstenes Torres (DEM), Kátia Abreu (PSD) e Renan Calheiros (PMDB). Apesar disso, por se tratar de uma PEC, haverá segundo turno no senado, ainda sem votação prevista. Referendada, ela será remetida ao Congresso Nacional, onde enfrentará, como já dito, os mais de 80 deputados donos de concessões de rádio e TV, abertamente contrários ao projeto. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), é autor de proposta idêntica e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma de Jornalista. Ele falou sobre o caso:


Foto: Luzilene Pimentel

Mas não são todos os jornalistas que aprovam a PEC. Existem aqueles que são contrários à exigência do diploma de jornalista. Para estes, não é o diploma que garante os conhecimentos técnicos de um profissional, e sim exatamente estes conhecimentos.  Segundo Egídio Pizarro, estudante do primeiro semestre de jornalismo, há erro na obrigatoriedade: “Não sou radical a ponto de achar que um diploma é completamente desprezível para a profissão. Mas vejo erro na obrigatoriedade do diploma para trabalhar na área. Por exemplo: Se um grande incêndio ocorre em um prédio público, o que impede uma pessoa - que escreva bem, ressalte-se - de relatar o fato e publicá-la em um jornal? No entanto, ao ver-se diante da necessidade de realizar uma entrevista com uma personalidade de interesse público (um político, por exemplo), o entrevistador necessita de conhecimentos técnicos para que a entrevista seja considerada boa - e aí o conhecimento adquirido em uma faculdade de jornalismo pode ajudar.” Alessandro Martins é jornalista desde 1998 formado pela UFPR e trabalha há quase 15 anos como repórter, editor, entre outras atividades jornalísticas em Curitiba e manifesta seu ponto de vista:



Leon Sanguiné: Qual a tua relação com o jornalismo?

Alessandro Martins: Formei-me em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo em 1998, pela UFPR e trabalhei durante quase 15 anos como repórter, editor e outras atividades similares em jornais de Curitiba. 


LS: Por que achas que o diploma não é necessário para a exerção da profissão de jornalista?

AM: Por que não é ele que garante a qualidade dos conhecimentos técnicos do profissional, mas efetivamente os conhecimentos técnicos em si e o domínio sobre eles. 


LS: Como tu substituis os conhecimentos técnicos, aprendidos na faculdade, nas tuas atividades profissionais?
AM: Não substituo. Uso os conhecimentos técnicos aprendidos sobretudo em jornais e profissionalmente.


LS: O diploma já te fez alguma falta para elas (as atividades profissionais)?
AM: Nunca me pediram o diploma nos testes de admissão, apenas, depois de admitido, no RH, pois era necessário pela questão legal. Nos meus primeiros anos, mesmo sem diploma trabalhei no Jornal Indústria e Comércio em Curitiba, creio que entre 1995 e 1997, ainda como estudante ganhando o piso ou mais, dependendo da função exercida. Embora eu tenha o diploma, ele não me faz falta. Creio que as universidades devem provar o seu valor pela qualidade de ensino que oferecem e não porque fornecem, após quatro anos de enrolação, concedem um papel obrigatório ao exercício da profissão.



Vinícius Guerreiro, sócio administrador da Clinitags Serviços Multimídia e favorável à obrigatoriedade o conhecimento técnico é obtido através da faculdade e o diploma é a representação disto. “A importância na Clinitags é devido ao conhecimento técnico e dá área que tu aprende na faculdade. O jornalista aplica toda a experiência adquirida dentro da universidade no seu trabalho. O que qualifica a empresa”.


Com diploma ou não, os grandes meios de comunicação já manifestaram que irão contratar apenas jornalistas formados. Mas o respeito pela profissão será o mesmo? Quem deve decidir o que é necessário para o exercício do jornalismo? Esta será a única alteração na profissão? Ainda há muitos capítulos. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sobre o Lollapalooza - 1º dia



Antes

Eu tava na porta do hotel, com uma mochila contendo um casaco, documentos e ingressos quando me lembrei que não sabia chegar lá. Isso já aconteceu mais vezes do que vocês podem imaginar. Enfim, voltei pro quarto e paguei incríveis OITÔ reais por meia hora de internet no hotel só pra descobrir qual o trajeto eu deveria fazer pra chegar no Lollapalooza. Abri o site oficial e não entendi patavinas, então apelei para os populares. Vi que a Patrícia tinha postado uma foto explicando pro André comofasia pra chegar. Anotei tudo, desarrumei a cama em sinal de protesto aos OITÔ reais e partilsis. O plano era: Eu tinha que esperar o André chegar na linha amarela do metrô pra pegarmos o sentido Butantã, descermos numa rua que eu não lembromais o nome e seguirmos o fluxo até o Jockey Club. Beleza, fizemos tudo isso, paramos numa padoca pra comprar água (que, por sinal, eu tinha esquecido que só entrava no festival em copinhos, aí comprei em garrafa e tive que beber tudo antes de chegar) e finalmente chegamos. Eu tava meio apreensivo porque, além de não ter documento com foto porque fui assaltado faltando menos de uma semana pro festival, tinha achado meio cabreiro o atestado de matrícula que eu imprimi. Beleza, entreguei o atestado de matrícula, o cara NEM OLHOU e carimbou a meia-entrada. Felicidade geral da nação. Nem fila a gente pegou.

A Entrada
Fila para entrar no 1º dia do Lollapalooza

Entramos e eu fui logo pro palco Butantã, porque queria ver qualera a situação pro show do Cage the Elephant, que aconteceria duas horas depois e eu queria muito ver. Nos falaram que aquele era o palco do Foo Fighters e deu uma cafusão danada, porque, cara, impossível ter só aquele pingo de gente esperando ali sentada. Aí nos confirmaram que o palco do Foo era o outro e me deu um misto de alegria e decepção, porque eu já tava pensando MARAVILHA, VOU FICAR MUITO PERTO.

Ritmo Machine
Enfim, mais um reconhecimento de campo, tirei umas fotos pra mandar via sms pra galera de Pelotas e fomos em direção ao Cidade Jardim, o de fato palco do Foo Fighters. Já tinha uma galerinha vendo o show de uma banda chamada Ritmo Machine, uma mistura de Charlie Brown Jr com RATM, mas como tendia mais para este eu curti bastante. Dava pra ficar ali pra sempre e ver o show do Foo Fighters numa boa, numa relax. Dali 10 horas. Nem a pau, Juvenal. Acabou o show e partimos em direção ao Butantã novamente,



Wander Wildner
onde tava começando o show do Wander Wildner. Sempre quis ir, mas ele nunca foi a Pelotas. Ou pelo menos eu nunca tinha visto nada. Tinha uma gauchada por perto e foi sensacional. Acho que o público deveria ter valorizado mais. Ele tocou todasaquelas músicas dele que são todas iguais e mais algumas outras clássicas do rock gaúcho, como Um Lugar do Caralho e Amigo Punk, que foi engraçadíssimo ver que só os gaúchos tavam cantando AND entendendo a letra. Tinha uma Karen cover do meu lado e eu pensei em tirar foto pra mandar pra original, mas ela tava com namorado do lado e eu não queria ser expulso do Lolla tipo menos de uma hora depois de entrar. Enfim, foi massa pra caralho. Aí eu fiz a maior besteira de todos os tempos. Tava num lugar sensacional pra ver o show do Cage, o mais aguardado por mim, mas resolvi que daria uma voltinha pelos palcos e compraria algo pra comer (o que incluía pagar 4 bilhões de barras de ouro por um sanduíche médio).





Cage the Elephant

Voltei e o público inteiro tinha chego. Não consegui ficar num lugar sensacional como era o que eu tava antes, mas era bom o novo. Começou o show e na primeira música eu voei pra frente, perdi meu chapéu e mochila –que depois me devolveram, brigado, galera – e comecei a curtir demais. O som tava uma bosta e não dava pra escutar a voz do Matt, mas todo mundo em volta sabia todas as letras, então nem foi algo tão terrível. Tá, foi sim, eu queria ter escutado direitinho o show. Mas aí quando eles começaram a tocar Tiny Little Robots eu já não tava mais me importando com nada, o show tava demais. Perto dali o Matt deu o primeiro Mosh. Nunca foi tão violentado em toda a vida, disse ele. Eu, que tava achando o público pouco muito animado, parei de pensar isso. “Se o cara curtiu, quem sou eu pra discordar?”. Aí comecei a pular mais, meu chapéu fugiu (?) da minha cabeça e, PASMEM TODOS, me devolveram. Foi como se o meu chapéu tivesse feito um mosh pela galera toda e tivessem devolvido ele pro palco, no caso, a minha cabeça. Eu esperava que o show fosse MODAFCUKINPRACARALHODEMAIS, mas, por causa do som, foi só MODAFUCKINPRACARALHO. Mesmo assim foi o terceiro melhor de todo o festival. Queria ter ficado mais na frente. Nunca mais achei o André depois do show, mas beleza, porque outros dois amigos tavam chegando.


Luísa Micheletti


Uma deusa, uma louca, uma feiticeira. Ela é demais. (Rick & Renner)

Resolvi dar uma volta de novo porque no Cidade Jardim tava tendo o show d’O Rappa que eu já tinha visto antes e achado sensacional, mas não queria ver de novo e no Butantã ia ter uma hora de ócio até o show do Band of Horses, que eu não fazia questão de ficar apertado na frente pra ver. Por falar em ver, foi aí que eu vi a coisa mais sensacional de todo o festival. Ali, do meu lado, sem eu nem reparar. Ali, do meu lado, no estande do Multishow. Ali, com cabelos castanhos e eu achando que eram pretos. Luísa Micheletti. Não consegui mais sair dali. Até marquei de encontrar com o Fabian e a Greta do lado do estande do Multishow porque queria ficar mais tempo perto dela. Na verdade eu fiquei espiando o tempo todo pra ver quando ela ia entrar no twitter só pra eu tuitar “tô aqui no lolla do lado da @lumicheletti e ela é um pão-de-ló”. Na minha foto do twitter eu tô de chapéu também, certamente ela iria me reconhecer e vir declarar o seu amor pelo Leon. Enfim, ela nem olhou pro celular. O Fabian e a Greta chegaram e eu avisei que eles deveriam pegar uma pulseira da Heineken, caso quisessem pagar 8 bilhões de barras de ouro por um copo menor que os vendidos em tempos de outrora nos jogos do Xavante. Beleza, eles pegaram a pulseira e fomos todos pro caixa (FILA GIGANTEMENTE GIGANTE) trocar dinheiro por Pilapallooza. Ou Lollapapila. Pappillalluzza. Pippallalluzza. Sei lá. Trocar pela moeda superfaturada do festival. Feito isso fomos pro show do Band of Horses.

Band of Horses
Eu não conhecia absolutamente nada da banda, mas fui porque já tava cansado de ficar perambulando. Quer dizer, acho que eu conhecia, ouvi alguma coisa antes do festival, sei lá. O que importa é que começou o show e eu ainda tava MUITO
pilhado do show do Cage, logo, eu queria outra apresentação enérgica, de ficar pulando, cantando e empurrando a gurizada toda. Não. O show do Band of Horses foi mais tranquilão. De se ouvir e curtir o som entrando. Mas, como eu disse, não era essa vibe que eu queria, então essa foi a minha visão desse show:

Band of Horses: Uma banda muito boa pra se ouvir fazendo cafuné em Luísa Micheletti
Que foi bem legal. A banda é boa, as músicas são daquelas de encher o peito e depois eu descobri que a Luísa Micheletti curte muito. Se eu tivesse descoberto isso antes, teria curtido muito mais pra parecer “olha, temos algo em comum, desce daí e vamos viver esse amor ouvindo Band of Horses”.

Peaches


Peaches: Peitos que pensei serem dentes de alho
Cara, o que aconteceu depois do Band of Horses eu não conseguia lembrar de jeito nenhum. Na viagem de volta pra Pelotas eu passei umas duas horas tentando lembrar até me atinar de pegar o treco que tinha o line-up e ver. Aí lembrei que a gente saiu e foi dar uma olhada no show da Peaches, mas eu interpretei mal a roupa dela e pensei que era um tipo de Lady Gaga. Pensei que a mina tava usando uma roupa bordada com CABEÇAS DE ALHO, mas na verdade eram peitos. Quando uma pessoa não consegue distinguir cabeças de alho de peitos é porque tem alguma coisa de errado na vida. Acho que vou procurar um especialista.
Foo Fighters

Dalí tem um vácuo que eu não lembro o que aconteceu e a gente foi pro Cidade Jardim ver um pedaço do show do TV on the Radio (que é bem legal, btw) e esperar bonitinhos o show do Foo Fighters.

Uma hora e meia antes e o troço já tava lotado. Fomos indo até onde dava tentando sempre fugir dos buracos, o que foi praticamente impossível porque tem algum santo que não gostou da gente e nos colocou em todos os buracos do Jockey Club. Além dos buracos, altas pessoas (risos) de 2 metros ficavam na nossa frente, não tinha espaço nem pra mexer o braço e uns cariocas tavam se achando engraçadinhos atrás da gente, mas tudo isso valeu a pena, porque mal o FF começou a tocar All My Life eu já tinha sido empurrado uns 5 metros pra frente, tipo aquelas esteiras do Crash no Play1. Aí foi tudo lindo. Eu fui cada vez indo mais pra frente e o show tava muito sensacionalmente sensacional. Vendo o vídeo agora eu noto o que falam de que o Dave Grohl tava com a garganta fodida, mas lá nem notei isso. Depois de uns 20 minutos eu fiquei exatamente atrás de uma legião de gigantes vestidos de preto e não consegui ver The Pretender e My Hero, mas eu sou magrinho, no meio desta eu deslizei pelo meio deles e consegui ver Learn to Fly, que é a minha favorita, de um lugar legal. Um dos melhores momentos do dia. Depois tocou White Limo que eu acho um pé no saco então nem vou escrever nada sobre. Aí veio Breakout e foi um dos momentos de maior empolgação da negada, logo, dei mais passos pra frente. Só que aí, depois disso, veio um cara que parecia o Kurt Cobain e que sabia todas as letras e foi passando por todo mundo como se tivesse esse direito pelo simples motivo de parecer com um cara do Nirvana. Depois de um tempo, lá por Walk, eu fiquei do lado de uma mina incrivelmente CHATA. Quando eu pulava dava gosto de pisar no pé dela. A mina reclamava de todo mundo que cantava, não pulava nunca e queria um espaço ~~~~só pra ela~~~. Eu tava vendo a hora que o Dave Grohl ia fazer isso:


Algumas músicas depois o Dave apresentou os músicos e cada um fez um solo (bem fracos, por sinal). Obviamente todo o público gritou “Dave na bateria, Dave na bateria”, aí ele fez um charminho de adolescente e foi. Diferença brutal entre ele e o Taylor. Pronto, ficamos todos felizes e o show voltou à normalidade. Na hora de Best of You rolou aquela apreensão de ia rolar ou não o tão criticado flash-mob de cartazes com “OH OH”. Eu confesso que achei meio vergonha alheia, mas sei lá, na verdade deixa todo mundo se divertir do seu jeito, se todo mundo criticar qualquer atitude o planeta vai virar o lugar perfeito pra mina chata aquela. Enfim, sobre o que eu tava falando mesmo? Ah tá, Best of You. Nessa altura do campeonato eu já tinha me livrado da chatinha, mas tava do lado de uma criança de uns 14 anos minúscula e acompanhada dos pais, aí nem deu pra pular muito e eu fiquei paradinho curtindo o show e descansando um pouco.
Depois disso teve aquele momento CLÁSSICO que até hoje eu só vi a Legião Urbana tratar abertamente e falar “agora a gente vai sair ali um pouquinho, vocês gritam o nosso nome e a gente volta”. Na versão Foo Fighters esse momento foi preenchido com um vídeo direto do camarim num clima meio Zorra Total. Dave falando que iria tocar mais uma música e o Taylor atrás mostrando que seriam duas. Dave falando que, ok, tocaria mais duas e o Taylor pedindo três e por aí foi até que finalmente ficou claro que seriam mais cinco.
A volta foi épica. Talvez mais pra mim, porque eles tocaram Dear Rosemary, que é a minha predileta do disco novo e eu nem imaginava que fosse estar no show. Depois de babar o ovo do organizador do festival, o Dave babou o ovo da Joan Jett e chamou ela pro palco pra tocar Bad Reputation e I Love Rock N’Roll. Sensacional. Depois disso era só tocar Everlong e ir embora mesmo, o espetáculo tava completo.
Dá gosto ver uma banda com gosto pelo palco.
O que não deu tanto gosto foi a volta.
A Volta
Público chegando ao metrô após o 1º dia do Lollapalooza

Obviamente eu não fazia mais a menor ideia de onde meus amigos estavam, então segui o fluxo e fui em direção ao metrô MORRENDO DE SEDE DEUS DO CÉU QUE SEDE, mas tava sem dinheiro. Cheguei no hotel depois e botei a boca embaixo da torneira do banheiro risos. Tá, sem interrupções pra contar histórias futuras, vamos nos concentrar no lance da saída. Então segui o fluxo e fui em direção ao metrô. Chegando lá parecia que todo o festival tinha decidido voltar da mesma forma. E óbvio que os funcionários do metrô não esperavam aquele movimento faltando uma hora pra irem embora. Tava um lance meio The Walking Dead trocentas e vinte pessoas morrendo de cansaço tentando entrar no metrô por SETÊ catracas. Sendo que uma começou a funcionar só quando eu já tava perto. Sério, caro leitor, nunca pegue metrô após um evento grande no Jockey Club.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Twitter na cobertura da 1º Feira do Polo Naval

O twitter será utilizado de forma multimídia. Serão lançados vídeos e fotos a todo momento, além de citações do que está sendo lançado. Além disso, serão divulgadas a programação e onde encontrar mais informações sobre o evento. Os principais acontecimentos serão transmitidos via Twitcam.

Texto de Vinicius Guerreiro analisado por mim

O clássico que me marcou: O Bra-Pel dos 9

Há vinte dias do clássico Bra-Pel o Jornal do Guerreiro está produzindo matérias especiais. Conversamos com pessoas identificadas com os dois clubes para saber qual duelo foi o mais marcante para eles. Certamente você torcedor também irá lembrar-se destes jogos.

Dia 19 de fevereiro de 2004, estádio da Boca Lobo, Pelotas e Brasil entraram em campo para decidir o título do Citadino. Este foi o Bra-Pel que marcou o médico André Guerreiro, na época que acumulou a função de vice-diretor de futebol do Brasil e médico do clube.

- Por toda a dificuldade que foi jogar com dois a menos e também por eu ser o vice de futebol no momento. Era nossa primeira competição, conseguimos uma vitória e o título histórico como foi. Isso marca muito – destacou André Guerreiro.

Sendo médico do clube, André, esteve no banco do rubro-negro durante o jogo. Foi do reservado Xavante que ele viu a bola rolar para o clássico. Deste ângulo viu o atacante Claudio Millar fazer falta por trás e receber o cartão vermelho de Leonardo Gaciba. A expulsão deixou uma insegurança no time.

- De primeira achei que ficaria muito difícil, pois havíamos perdido nossas esperanças de gol porque o Millar estava muito bem e sempre era nossa esperança – contou Guerreiro.

A esperança havia diminuído com a expulsão do goleador Xavante. Para piorar a situação para o Brasil, Neuri acertou uma cotovelada no adversário e também foi para o chuveiro mais cedo. Estava tudo nas mãos do Pelotas.

- Nesse momento eu só pensava e pedia que a derrota não fosse por muito porque realmente era o que estava se desenhando. Com dois a menos na casa do adversário seria muito difícil de segurar – revelou o médico Xavante.

O que parecia impossível aconteceu. O Brasil chegou ao gol na bola área. Careca aproveitou o rebote e fez a torcida ir ao delírio na arquibancada. Dentro do campo Guerreiro comemorava, mas sabia que ainda teria muito jogo pela frente.

- Foi uma mescla de felicidade com um sentimento de tensão porque com a desvantagem a qualquer momento eles poderiam reverter – destacou André.


E reverteriam. O gol de empate veio no primeiro tempo, Serjão virou na entrada da área e chutou firme para empatar. A bola na rede empolgou o time do Pelotas que pressionava o Brasil. A pressão áureo-cerúlea continuou no segundo tempo e o que parecia provável aconteceu. O Lobo chegou a virada com Giovani.

- Infelizmente o esperado aconteceu. Eu me abalei muito no reservado, mas notei nos jogadores que estavam em campo uma vontade louca de reverter – contou o médico – que viu a vontade de reverter dar resultado e virar gol. O Brasil chegava ao empate em mais uma bola área. Desta vez Joel quem botou para o fundo da rede.

Logo em seguida do gol André entrou no campo para atender um jogador do Brasil que estava caído. Foi aí que o médico sentiu que o Xavante poderia conseguir a vitória.

- Quando empatamos fiquei louco no reservado e em seguida entrei para atender um atleta nosso e vi dois jogadores do Pelotas batendo boca dizendo “toca a bola deixa de ser cagão, mas não vamos nos complicar, vamos segurar” querendo dizer para segurar até a prorrogação. Com isso notei que eles estavam abalados com nossa pegada e disposição.

O texto do camarada Vinicius Guerreiro é show de bola, tem estilo e tudo o mais. Talvez pudesse ser menos “televisivo”. E tem alguns clichezinhos, mas que servem de filé com fritas.

Entrevista com Ivan Pinheiro Machado, editor da L&PM

Como a L&PM acredita que contribui para o aumento e a democratização da leitura no Brasil?

A L&PM publica desde livros de quadrinhos até romances de Dostoiévski. Qual o critério de escolha dos livros a serem publicados em formato de bolso?

A L&PM reserva espaço para novos talentos da literatura?

Como a L&PM lida com questões levantadas pelas livrarias, que dizem não obter tanto lucro com os livros de bolso devido ao seu baixo custo?

Como a L&PM lida com as novas mídias, tanto em relação à publicações (e-Books) quanto à comunicação?

Quais são os próximos lançamentos em versão de bolso?

terça-feira, 13 de março de 2012

Sotaque fervendo

Tchê, que calor. Isso é o que nós, pelotenses, estamos acostumados a ouvir nessa época do ano que vai de fevereiro a março (também tem um pouco lá em maio, mas beleza). Porém, ultimamente temos ouvido coisas como “caraca maluco, meu deux, que calor”, ou “ooorra, mano, que verão é esse?”, ou ainda simplesmente “mizéra”, que serve basicamente pra reclamar de tudo na Paraíba. O fato é: Pelotas é conhecida por ser muito, muito úmida e, por ser no sul do Rio Grande do Sul, nego acha que aqui faz frio o ano todo. Sei lá, vai ver é porque a gente fica mais perto da Patagônia, do Pólo Sul. Portanto, ao chegar aqui, os gringos se surpreendem com esse aperitivo de inferno.

Em conversas anteriores, amigos que não consegui contatar agora para uma entrevista disseram-me que nem ao menos trouxeram roupas de verão. Pensaram que era temperatura baixíssima pra sempre e se surpreenderam com os 50°C de sensação térmica que tem rolado por aqui.

Sobre isso trataremos.


Paulista ao chegar na rodoviária de Pelotas na tarde de ontem


Embora o verão nos traga coisas extremamente legais, como sorvete, praia (?), férias e pessoas com pouca roupa (??), o lance do calor não é lá a coisa mais legal da estação. Pelo menos dela aqui, que não é bem calor, é mais mormaço. Lá no Rio, onde os poetas ficam na praia tomando cerveja e escrevendo sobre as mulheres bonitas que passam de saia godê e os ex-jogadores de futebol jogam futevôlei, o calor é legal. Tem um ventinho. Aqui é só bafo. E os alunos que vêm estudar aqui não esperavam por isso. É o que comenta Marcelo Ribas Vesanterä, estudante do 5º semestre do curso de Cinema e Animação da UFPel. “Ninguém que vem de fora, imagino eu, apostaria que uma cidade que faz 1 grau no inverno com sensação térmica negativa pudesse fazer tanto calor no verão”. Natural de São Paulo, Marcelo diz que Pelotas às vezes é mais quente que seu estado. “Às vezes acho que nem no litoral norte de São Paulo faz tanto calor assim. E eu odeio essa falta de meio termo. Ou é muito frio ou muito quente, nunca tem um dia fresco”, aproveita para cutucar os pelotenses. Risos.


Com o fim do verão, daqui pouco tempo, o problema será outro: De dia é calor, de noite é frio. Que tempinho.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Votação do Novo Código Florestal é adiada para próxima semana

Em meio a protestos e divergências de opiniões em relação a partes do seu texto, o novo Código Florestal, que tramita há 10 anos no congresso, teve a sua votação adiada na última terça-feira (6).

No blábláblá, tudo está marcado para se resolver na próxima terça-feira (13), mas, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), a votação poderá novamente ter sua data alterada por conta de divergências políticas entre os partidos da base aliada e o Palácio do Planalto. Segundo Maia, há um “clima ruim” entre os aliados. O PMDB, teoricamente maior parceiro do governo, pede mais poder nas decisões, incluindo nas relacionadas ao novo Código Florestal.














Manifestantes, que nada têm a ver com as picuinhas do mundo da política, estiveram na quarta-feira (7) no Congresso Nacional para protestar contra as mudanças presentes no texto do novo Código Florestal. Participaram do protesto cerca de 250 organizações ambientalistas, de pescadores e de camponeses. Kenzo Jucá, analista da ONG WWF, o projeto é prejudicial às florestas. "É um projeto que faz o Brasil perder a sua principal vantagem comparativa no mundo, que é a sua biodiversidade, e a possibilidade de aliar desenvolvimento com preservação e conservação", disse. Os manifestantes utilizaram a mensagem “Veta Dilma” – que virou hashtag – como um pedido para que a presidente vete o código, caso este passe pelo congresso. Veja abaixo uma matéria produzida pelo Floresta Faz a Diferença sobre o protesto: